quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vejamos no vídeo abaixo um dos modos de execução do Alpinismo Industrial.
Podemos Observar a eficiência, praticidade e segurança com que os funcionários
se deslocam, assim fazendo o trabalho em um curto espaço de tempo e sobre tudo 
com muito mais segurança.

TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO SEM ESCADA


Definição:
“Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio" (Subitem 33.1.2, da NR 33 do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego).

EXEMPLOS DE ESPAÇOS CONFINADOS:
http://www.gulin.com.br/images/ambientes/12/1.jpg
Figura1: Espaços confinados
Acessado em: <http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>

ESPAÇO CONFINADO SEM ESCADA:
O MTE exige, para serviços em espaços confinados sem escadas, equipamentos adequados que garantam em qualquer situação, conforto e segurança do trabalhador nas três operações fundamentais:

a) Fácil forma de movimentação vertical.
b) Proteção contra queda por meio de dispositivo travaqueda conforme exigência do Anexo I da NR-6 do MTE.
c) Rápido e fácil resgate por um só vigia, por meio de um guincho, conforme exigência do item 33.4 da NR-33 do MTE.
CRITÉRIOS PARA ESCOLHER EQUIPAMENTOS COM
CABO DE AÇO OU CORDA:
Para escolha adequada devem ser considerados os seguintes aspectos:
 1) Para segurança contra perigo de faísca, em espaço confinado com atmosfera potencialmente explosiva, é comum usar equipamentos com corda sintética ou cabo de aço com revestimento sintético.
2) Em serviços envolvendo solda, máquinas de corte ou produtos ácidos, costuma-se usar cabo de aço.
3) Em locais com risco de contato com fiação energizada costuma-se usar corda, devido à sua baixa condutividade elétrica.
4) Nas indústrias farmacêuticas e alimentícias é normal usar cabo de aço inoxidável.
5)    Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto ou aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de ruptura de 3480 kg.

 CRITÉRIOS PARA ESCOLHER O SUPORTE DE
ANCORAGEM EXTERNO AO ESPAÇO CONFINADO:
Importante: Todos os tripés e monopés fabricados pela Equipamentos Gulin resistem à carga estática de 15 kN, conforme exigência das normas NBR 14.626/627/628/629/751, comprovada pelo laboratório Falcão Bauer.

Figura 2: Tripé T1
Acessado em: <http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>
Indicado para uso sobre bocais de acesso com até 1,1 m de diâmetro (veja Figura 2).

Produzido em resistente liga de alumínio, altura regulável de 1,1 a 2,3 m, distância entre pernas de 1,1 a 1,7 m. Possui duas roldanas em nylon para uso de dois aparelhos e olhal para fixação de um terceiro cabo.
Sapatas em alumínio antiderrapante, interligadas por corrente de segurança. Peso: 14 kg.
É usado com os guinchos G-4 ou G-5 ou travaqueda resgatador R-20R.
Pode ser fornecido em sacola de nylon resinado para transporte e armazenagem.

http://gulin.com.br/images/ambientes/12/3.jpg
Figura 3: Tripé T2
Acessado em: <http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>


Indicado para uso em bocais de acesso com diâmetro superior a 1,1 m ou beirais.
Produzido em tubo de aço com acabamento antiferruginoso. Possui uma roldana em nylon e olhal para fixação de um segundo cabo. Peso: 32 kg.
Base de ancoragem: a estabilidade do TRIPÉ T-2 é garantida por sua base constituída de 12 contrapesos de 25 kg, interligados por dois parafusos. É usado com os guinchos G-4 ou G-5 ou travaqueda resgatador R-20R.

http://gulin.com.br/images/ambientes/12/4.jpg
http://gulin.com.br/images/ambientes/12/5.jpg
 Figura 4: Monopé 1
Acessado em: < http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>

                  
MONOPÉ - 1
Indicado para uso em base fixa (a) instalada em beirais (22 kg) ou em base móvel (b) sobre bocais com até 1,1 m de diâmetro (44 kg).

O Monopé - 1 (28 kg) é giratório, para facilidade de resgate pelo vigia.
Produzido em tubo de aço, com acabamento antiferruginoso.
É usado com os guinchos G-4 ou G-5 ou travaquedas resgatador R-20R

http://gulin.com.br/images/ambientes/12/6.jpg
Figura 5 - Monopé 2
Acessado em:
 <http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>

Monopé 2

Indicado para fixação em olhal ou barra horizontal, situada de 1,5 a 3,5 m do piso (veja figura 5).
Produzido em dois tubos de resistente liga de alumínio, encaixe telescópico, comprimento variável de 2,2 a 3,5 m.
Possui olhal para um segundo cabo. É usado com guinchos G-4 ou G-5 ou travaquedas resgatador R-20R.
Peso: 7 kg.

http://www.gulin.com.br/images/ambientes/12/7.jpg
    Figura 6: Monopé 3
Acessado em: <http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>
                                          
MONOPÉ-3
Indicado para entrada lateral em Espaço Confinado, o Monopé-3 (25 kg) possui dupla articulação vertical, possibilitando flexibilidade para segura e rápida montagem dos equipamentos fora do espaço e fácil giro do conjunto para dentro do local (veja figuras 6 e 7).
Pode ser usado em base fixa (a) na parede (8 kg) ou em base fixa (b) no piso (30 kg).
Produzido em tubos de aço, acabamento antiferruginoso, é usado com os guinchos G-4 ou G-5 ou travaqueda resgatador R-20R.

http://www.gulin.com.br/images/ambientes/12/8.jpg
Figura 7: Monopé 3
Acessado em:  <http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>
ESPAÇO CONFINADO SEM ESCADA:
Não havendo escada, é obrigatório utilizar um guincho para movimentação de pessoas, aprovado pela NBR 14.751 da ABNT (veja figura 8).
                                 
 Figura 8: Guincho G-4
Acessado em: < http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>
                                     
Durante a movimentação do guincho pelo vigia (veja figura 9), o trabalhador poderá deslocar-se sentado em uma cadeira suspensa ou na posição vertical pelo suporte de ombros.

http://www.gulin.com.br/images/ambientes/13/10.jpg
  Figura 9: Movimentação do Guincho G-4
Acessado em: < http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>

CADEIRA SUSPENSA GULIN MODELO CS-4:

O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse 140 kg (veja figura 10). O uso da cadeira suspensa modelo CS-4 oferece desempenho eficiente, principalmente para trabalho nas paredes ao longo do espaço confinado.
A cadeira suspensa modelo CS-4, usada em conjunto com os guinchos G-4 ou G-5, obedece às exigências do MTE (NR 18 - item cadeira suspensa) e da norma NBR 14.751 da ABNT.
Nota: Em alguns tipos de serviço, é necessário um constante ajuste de posicionamento do trabalhador para manuseio de equipamentos / instrumentos instalados nas paredes do espaço confinado. Nestes casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com comando local (manivelas) modelos CS-2 ou CS-3.
http://www.gulin.com.br/images/ambientes/13/11.jpg
Figura 10: Cadeira Suspensa
Acessado em: < http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>
                               
SUPORTE DE OMBROS GULIN:
O suporte de ombros deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho G-4 ou G-5 às argolas dos ombros do cinturão paraquedista Gulin 102-R. Resiste à carga de 15 kN, comprovada por laudo do Laboratório Falcão Bauer.
http://www.gulin.com.br/images/ambientes/13/12.jpg
 Figura 11: Modelo So-1
Acessado em: < http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236>
PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS:
Usando-se cadeira suspensa ou suporte de ombros é obrigatório utilizar um travaqueda (modelo XA ou XN) em linha independente (veja figura 11). O cabo de aço do travaqueda XA ou corda do travaqueda XN deve ser preso no tripé e mantido esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco do trabalhador ou rompimento do cabo de sua sustentação, o travaqueda bloqueia imediatamente a movimentação e evita o acidente.
Nota: os travaquedas modelos XA e XN são aprovados pelo MTE (CA 7025).
RÁPIDO E FÁCIL RESGATE POR UM SÓ VIGIA:
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação no espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de içamento.
Notas:
 a) Os guinchos para pessoas Gulin modelos G-4 e G-5 obedecem a todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT, com desempenho comprovado por laudo do Laboratório Falcão Bauer. Possuem três travas de segurança, suplantando a exigência de duas travas do Ministério do Trabalho (NR 18.15.51).
b) Durante a descida e a movimentação horizontal do trabalhador, bastará o vigia liberar o cabo em quantidade suficiente. Na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo.
c) Todas as simulações de trabalho e resgate são apresentadas no vídeo de treinamento nº 14.
d) Orientações para inspeção, uso e manutenção dos guinchos Gulin modelos G-4 e G-5  são dadas no capítulo nº 2 de Produtos e Informações.

Figura 12: Aviso TEM

Referência
Acessado em: < http://www.gulin.com.br/produtos-detalhe.asp?IDMenu=22&IDCat=41&IDProd=236> hora de acesso: 11:50 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

COMO FAZER O USO SEGURO DE ESCADAS


Figura 01 - Funcionário utiliza de Epi's, tais como capacete e óculos para segurança.   
As escadas estão presentes em nossa vida, seja no trabalho ou até mesmo em casa, porém poucos sabem a forma correta de utilizá-las. No trabalho, o uso das escadas merece atenção por estar entre um dos grandes causadores de acidente, e não pode ser usada sem o conhecimento e treinamento necessário (veja figura 01).
As NR’s (Normas Regulamentadoras) 18, 22, 29, 34, determinam onde e como montá-las, mas não informam a forma correta do trabalhador se portar diante a utilização de escadas.
Após algumas pesquisas pela internet o blog Linha de Vida encontrou um tutorial muito interessante, os 20 passos para uma escalada (na escada) segura, uma ferramenta muito útil para o Técnico em Segurança e para quem trabalha em altura.
Confira a seguir o texto da Safety &Health e tradução e contextualização do Prof. Samuel Gueiros, Médico do Trabalho, Coordenador. NRFACIL.

20 PASSOS PARA UMA ESCALADA SEGURA
  

Trabalhadores utilizam escadas acima e abaixo em alturas variáveis, todos os dias. Em alguns países, infrações a regras sobre o uso de escadas estão entre as 10 mais mencionadas em auditorias. Sindicato de Trabalhadores na Construção nos Estados Unidos avaliam que quedas de escadas são responsáveis por 16% de todos os acidentes fatais na indústria da construção e 24% dos acidentes não fatais envolvendo horas não trabalhadas.  Abaixo, 20 passos para uma escalada segura:

1 - TREINAR
Assegurar-se de que os trabalhadores estão treinados é um aspecto importante de qualquer trabalho e o treinamento para o uso seguro de escadas no trabalho não é exceção. Muitas vezes constata-se que trabalhadores que usam escadas há anos, nem sempre seguem as melhores praticas; ou seja, não são apenas trabalhadores novos, mas acontece o mesmo com os mais experientes.

2 – SELECIONAR
Geralmente os acidentes são resultados de falta de utilização da escada correta. Importante é considerar o tipo de escada e o material com que a mesma é fabricada. Geralmente os acidentes são resultado de não se utilizar a escada correta, devendo-se dar atenção ao tipo, o tamanho e o material da escada. (Leia mais na Recomendação Técnica da Fundacentro).

3 – DETERMINAR CARGA
Essas características geralmente são fornecidas pelos fabricantes, relativamente ao peso que a escada por suportar de forma segura. Isto inclui o peso do trabalhador e o peso e qualquer material ou ferramenta que sejam carregadas para a escada, que deve ser menor que a relação fornecida.

4 – INSPECIONAR
Verificar gordura, sujeira ou outros contaminantes que possam causar deslizamento ou quedas, ao lado de pintura excessiva ou pontas metálicas, devem ser realizadas na hora da compra, na hora de recebê-la para o trabalho ou quando for colocada em serviço. Inspeção e limpeza da escada devem ser realizadas antes de serem postas em serviço, com atenção para degraus quebrados, parafusos, cintos ou outras partes de metal, dispositivos de frenagem da base; além disso, verificar etiquetas de aviso de segurança ou etiquetas ilegíveis.

5 – IDENTIFICAR PROBLEMAS
Trabalhadores que inspecionam uma escada e descobrem um defeito ou que aquela escada necessita manutenção adicional, devem identificar claramente o defeito e assegurar que ela não sera utilizada até um reparo apropriado. Se a escada for considerada inservível, certificar-se de que ela foi destruída e certificar-se de que ela não foi jogada em algum lugar que alguém vai acabar utilizando. Se o trabalhador achar que a escada não parece oferecer segurança de forma satisfatória, ele deve colocá-la fora de serviço.

6 – TRANSPORTAR COM CUIDADO
Quando carregando escadas, a parte frontal deve estar elevada, especialmente em cruzamentos, corredores ou através de portas. Se isto é muito difícil para um trabalhador, outros podem ser encarregados para carregar a escada de forma segura. Em caso de transporte em caminhão ou em vagões, a mesma deve ser colocada de forma apropriada paralelamente ao assoalho incluindo pontos de suporte acolchoado com um material leve e não abrasivo.

7 – OBSERVAR RISCOS PRÓXIMOS
Caixas, arquivos e outros itens colocados pelo caminho podem criar riscos no transporte de escadas. Certifique-se de que todos esses materiais estejam armazenados de forma segura em seus próprios locais de armazenamento a fim de evitar obstáculos. E ainda, assegure-se de que qualquer fiação próxima do caminho de transporte da escada pode significar um risco elétrico, e assim verifique se esta fiação esteja apropriadamente protegida.  

8 – SET UP DE SEGURANÇA
A base da escada somente deve ser colocada em superfícies niveladas e nunca em locais instáveis ou movediços. No mínimo duas pessoas devem ser mobilizadas para elevarem uma escada. Coloque a base da escada em uma fenda ou em um canto inferior; em seguida, elevar o topo da escada. Depois, andar até ela assumir a posição vertical – e assim sera fácil escalar e se mover.

9 – 4 POR 1
Para prevenir deslizamento, escadas portáteis devem ser colocadas em um angulo de 75.5 graus. Isto permite a maior resistência ao deslizamento promovendo um equilíbrio adicional ao trabalhador que vai escalá-la. O comprimento lateral de base ao topo da escada deve ser cerca de 4 vezes a distancia da base da escada para a estrutura. Se a base da escada for mais longe da estrutura, a escada poderá quebrar ou deslizar e se a base for muito próxima da estrutura, a escada poderá despencar para trás.

10 – SUBIDA E DESCIDA
Figura 03 - Erro na utilização da escada.
Quando subir e descer escadas, o trabalhador deve ficar de frente para a escada e se segurar nas laterais. O trabalhador deve descer em cada degrau e não tentar deslizar para acelerar o processo, sempre com muito cuidado (veja figura 03).

11 – OS 3 PONTOS
Enquanto na atividade de subida ou descida, o trabalhador deve manter 3 pontos de contato: duas mãos e um pé ou ou dois pés e uma mão em contato com a escada, presilhas ou trilhos laterais.É necessário usar sempre 3 pontos de contato durante todo o tempo e não se deve carregar nada. É preciso as mãos e pés  livres para  fazer o que eles precisam. Quando utilizando este método, você somente irá mover um de seus membros a cada vez – mesmo que isso seja rápido.

12 – A ESCADA ADEQUADA
Escadas simples e extensíveis são desenhadas para serem utilizadas de forma vertical. Algumas vezes os trabalhadores precisam manter a escada horizontalmente, para uso em estradas, estruturas, plataformas, grades e andaimes, para movimentar-se entre dois pontos. Especialistas afirmam que as escadas não foram feitas para isso, é preciso utilizar estruturas próprias para essas tarefas, não sendo apropriado utilizar-se escadas retas ou extensíveis.

13 – FONTE DE ELETRICIDADE
O material da escada é um importante fator a ser considerado, visto que se recomenda utilizar fibra de vidro para trabalhar perto de fontes de eletricidade. Escadas de metal são altamente condutivas e não é apenas o risco de choque elétrico, mas a subsequente queda da escada tem provado ser evento fatal.

14 – PROJEÇÃO LATERAL
É imprudência os trabalhadores se projetarem para os lados, para fora da escada, causando a perda de equilíbrio. Se o centro de gravidade do trabalhador for além dos trilhos laterais da escada, ele estará chamando um problema, colocando-se em risco. Ao invés disso, o trabalhador deve descer e mover a escada até onde o trabalho deve ser feito, sem tentar atingir o objetivo fora do eixo da escada. Quando escalar e trabalhar em escadas, o trabalhador deve ter em mente manter o centro da fivela do cinto de segurança entre os dois trilhos laterais da escada a fim de prevenir uma queda lateral.

15 – EXTENSÕES
Escadas são feitas para serem utilizadas sob um comprimento específico e assim, múltiplas escadas não devem ser “amarradas” para criar longas secções para dar conta de um determinado trabalho. Não se deve fazer nada além do que o fabricante determinou para aquele tipo e comprimento de escada.

16 – SUPERFÍCIES ACIMA
Quando escadas portáteis forem utilizadas para acessar uma superfície superior, as laterais da escada devem ficar cerca de 1 metro acima da referida superfície. Isto evitará o tombamento ou que a base da escada possa deslizar. Se isto não for possível, a escada deve estar firmemente apoiada em um suporte no topo e ganchos devem estar disponíveis para ajudar os trabalhadores descerem.

17 – CONDIÇÕES DE TEMPO
Utilizando uma escada durante ventos fortes, tempestades ou chuva pesada, haverá risco para a escalada resultando em perda de equilíbrio ou deslizamento da escada. Ou seja, nunca utilize escadas sob condições de tempo adversas.

18 – ALTERNATIVAS
Deve-se sempre considerar alternativas antes de escalar uma escada de duas secções. Uma vez que você esteja subindo, você estará cada vez menos estável. É melhor utilizar escadas hidráulicas ou elevadores.

19 – GUARDA
Mantenha escadas longe de condições atmosféricas adversas. Evide guardar escadas perto de radiadores, fogões ou vasos sob pressão – calor excessivo ou intempéries podem causar desgaste. Para prevenir empenamento, é recomendável manter escadas na posição horizontal em suportes contra a parede. Para tornar acessível a escada a qualquer tempo, outros materiais não devem ser colocados na escada enquanto ela estiver guardada.

20 – UM DEGRAU A MAIS
Escadas são inerentemente perigosas, uma das maiores causas de acidentes por quedas. Empresas devem ser encorajadas em estabelecer regras rigorosas para o seu uso, além daquelas regras determinadas pelas NRs.


Obtenha informações mais detalhadas sobre o uso de escadas em: Recomendação Técnica da Fundacentro 


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Alpinismo industrial na inspeção de equipamentos

http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/art_raimundo_fig01.jpg

Bom dia, hoje o blog linha de vida apresenta mais um assunto sobre trabalho em altura, aguçando a curiosidade e o despertar dos assuntos relacionados a acesso por cordas, também conhecidos como Alpinismo ou Escalada industrial (onde não pode relacionar com qualquer atividade esportiva - Figura 1), que já é utilizada há pelo menos 20 anos nos EUA e Europa, mas vem ganhando espaço no Brasil por proporcionar mais segurança nas tarefas, redução de tempo e custo dos serviços. Veja o artigo abaixo.

"Introdução
 Detectabilidade e previsibilidade são temas diretamente ligados à atividade da inspeção de equipamentos, para o alcance de campanhas operacionais mais seguras, garantindo assim resultados confiáveis que irá gerar melhor controle dos custos serviços realizados em menores prazos, de forma segura e baixo custo. Mas, para isto acontecer é necessário termos os equipamentos nas mãos, significa valer-se das tecnologias e práticas consagradas existentes a fim de obter o máximo de dados e informações, para melhor avaliá-los, veja Figura 02. Porém muitas vezes o acesso e/ou a forma geométrica do equipamento é um fator que dificulta e encarece a execução das tarefas de inspeção.
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig02_gde.jpg
Este trabalho apresenta a aplicação da técnica de Alpinismo Industrial, praticada hoje em algumas indústrias, abordando os cuidados necessários quanto à segurança, capacitação de pessoal, análises de riscos necessárias devido à execução do serviço em paralelo com outras atividades e as diversas especialidades, vantagens e desvantagens. Além da Inspeção, essa técnica permite hoje um melhor retorno nas atividades de soldagem, pintura, caldeiraria, operação e outras.
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/art_raimundo_fig03.jpg

1 - Consideração Geral
O Alpinismo Industrial é uma técnica opcional de trabalho em altura, que combina as mais avançadas técnicas de acesso a locais elevados e em ambientes confinados, utilizando cordas e equipamentos específicos de descida e ascensão veja Figura 03), em serviços onde envolva risco de queda e/ou acesso difícil. Possibilita a diminuição no tempo dos trabalhos gerando um aumento de produtividade e diminuição nos custos, tudo de acordo com os padrões de segurança estabelecidos pela Norma Regulamentadora -18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção). Apesar da utilização de cordas e equipamentos especiais como meio de acesso, o Alpinismo Industrial nada tem em comum com qualquer atividade esportiva que se assemelhe. Não há busca de adrenalina, nem aventura, o Técnico Alpinista visa apenas à execução do seu serviço com segurança e qualidade.
É uma técnica que já vem sendo utilizada na Europa há pelo menos 25 anos, e no Brasil a 10. É também conhecida como, Acesso por Corda (ACC) ou Escalada Industrial.
2 - Segurança e Equipamento
Todos os EPI s e elementos que compõem os equipamentos do Alpinismo Industrial são de última geração e certificados pelo Ministério de Trabalho (CA), Comunidade Européia (CE), Associação Nacional Americana de Proteção contra Incêndio (NFPA) e União Internacional das Associações de Alpinismo (UIAA) veja Figura - 02. Oferecem maior agilidade nos movimentos do alpinista no deslocamento entre um ponto a outro com conforto e segurança.
O alpinista industrial realiza os trabalhos, suspenso por duas cordas, sendo uma de suspensão (trabalho) e outra de segurança. A corda de suspensão permite, mediante a utilização do material adequado, deslocar-se em sentido descendente ou ascendente. Todos os aparelhos de progressão são auto-blocantes. A corda de segurança, junto com o cinto de segurança, talabarte duplo com absorvedor de energia e o dispositivo trava-quedas, completam o equipamento de proteção individual antiqueda.
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig05_gde.jpg

http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig06_gde.jpg

O local da estrutura onde as cordas serão instaladas pontos para ancoragem é previamente inspecionado quanto à solidez (veja o exemplo com as linhas de vida nas Figuras 05 e 06). Cada corda se encontra presa a pontos de ancoragem diferentes e não comportam nenhum outro elemento, sendo estes os principais, junto com o caráter auto-blocante dos equipamentos de progressão e segurança, o que elimina a possibilidade de queda por um erro mecânico ou humano. Pontos quentes e cortantes são verificados ao longo da via de acesso para que as salvaguardas necessárias sejam instaladas.
Um talabarte duplo com absorvedor de energia é utilizado por cada alpinista, a fim de mantê-lo sempre preso durante a manobra de abordagem posicionamento com as cordas de trabalho e segurança para iniciar a descida pela via de acesso. Todas as ferramentas e acessórios utilizados pelo alpinista para realizar a sua inspeção são amarrados à sacola, para que não caiam caso escorreguem das mãos durante uma tarefa ficam penduradas. A área abaixo onde será realizada o serviço de alpinismo, é devidamente isolada e sinalizada. Todos os EPI s e acessórios são inspecionados antes e após a conclusão de cada jornada de trabalho, quanto as suas condições físico-operacionais pelos próprios profissionais que utilizarão estes equipamentos.
Figura 07 - Funcionários fazendo a checagem um do outro.
Antes de iniciar qualquer serviço os alpinistas fazem a autochecagem dos seus EPI s, e são checados novamente por outros membros da equipe veja Figura 07 . Para qualquer serviço onde irá ser empregado o Alpinismo Industrial, é realizado uma Análise Prévia de Risco para identificar os perigos, causas, modos de detecção, efeitos, atividades executadas em paralelo, e as recomendações necessárias para que a tarefa possa ser executada com segurança. Geralmente participam desta análise, os profissionais das seguintes atividades: Processo, Planejamento, Segurança Industrial, Manutenção, Inspeção e Alpinismo.
Após conclusão das análises é gerado um documento constando às ações e recomendações decididas, o qual é divulgado a todos os envolvidos nos serviços. Essa análise de risco tem que ser sustentada por uma técnica conhecida e consagrada, como matriz de riscos, e deve ser rediscutida, toda vez que a condição inicial dos serviços forem alteradas, principalmente no que se refere a agentes externos e alterações climáticas. O número da equipe de alpinismo varia em função do tipo de serviço e grau de dificuldade que este possui, porém a equipe mínima são dois alpinistas. Este número deve ser pré-estabelecido durante a analise de riscos, inclusive os instrumentos de comunicação a serem utilizados.
3 - Posicionamento e Acesso
As técnicas de posicionamento e acesso no trabalho com alpinismo industrial não só contribuem para prevenir acidentes, mas também aumentam a produtividade. Elas permitem não só com que o profissional se concentre melhor sobre a tarefa que irá realizar, mas oferece também um nível muito alto de segurança. Os tipos de acesso que são utilizados no Alpinismo Industrial podem variar de acordo com o serviço a realizar, tomando como base à forma geométrica e acessibilidade do equipamento objeto da inspeção, são eles: Escadas e plataformas, andaime, escada mecânica, tirolesa (consiste em passar uma corda de um lado ao outro, para efetuar uma travessia horizontal) e criação de um acesso (conquista) - veja figura 08.
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig11_gde.jpg
Figura 08 - Tablado para montagem de andaime.

4 - Qualificação de Pessoal
Para a execução de trabalhos em altura com a técnica do Alpinismo Industrial, os profissionais deverão estar fisicamente aptos, treinados, qualificados e com conhecimentos específicos de todos os equipamentos usados nesta atividade. Como toda técnica, faz-se necessário garantir a capacitação do pessoal envolvido, sendo indispensável que o Alpinista Industrial também esteja qualificado e capacitado nas atividades que irá desenvolver, seja como inspetor de ensaios, equipamentos, qualificação necessária para o serviço, veja Figura 09 para melhor clareza dos fatos.
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig19_gde.jpg
Figura 09 - Treinamento, simulado e  manutenção.
5 - Relação Técnico - Econômica
Vários são os fatores que estão levando a expansão do uso do Alpinismo Industrial na inspeção de equipamentos: necessidade de reduzir os custos, obrigação de atendimento aos prazos inspeção, redução nos índices de acidentes, busca por novas tecnologias, credibilidade nos serviços executados, confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos objetos da inspeção.
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/art_raimundo_tabela.jpg
Figura 10 - Tabela de comparação de custos e tempo.
5.1 - Caso 1
A tabela da figura 10, compara o custo e o tempo entre o Andaime e o Alpinismo Industrial para executar a tarefa de inspeção em tubulações que descem ao longo de um vaso. Para o cálculo foi considerado a montagem de um andaime simples de 4 x 2 m, inspeção visual externa em 5 tubulações pintadas sem a remoção das braçadeiras para inspeção. Não considerado o tempo de desmontagem do andaime; na coluna do alpinismo é considerado o tempo total (montagem, inspeção e desmontagem).
Tabela montada utilizando custos reais. Não considerado para este cálculo que algumas empresas têm como norma de segurança, montar um tablado em volta da região onde será montado o andaime, para proteger instrumentos ou equipamentos importantes no processo. Neste caso o valor do andaime aumentaria em pelo menos 35% a mais. Não foi colocado os valores em Reais, por questões éticas. Como pode ser observado a economia utilizando o Alpinismo Industrial é substancial.
Com posse da tabela (veja figura 11) , se tivéssemos de inspecionar as tubulações que descem ao longo de uma torre de 40m e = 3m, e que as mesmas estão distribuídas em 1/2 perímetro dela, será que utilizaríamos o andaime para esta tarefa?
http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig14_gde.jpg
Figura 11 -  Utilização da montagem de andaimes ou apinismo industrial.

5.2 - Caso 2
Inspeção em 29 suportes de mola geminados (G), instalados a uma altura de 10 m cada. Foi utilizado o alpinismo industrial, para acesso aos suportes, o que gerou uma economia de 85% comparando se como o custo de andaime.
Vale lembrar que a quantidade de funcionários para montar o andaime seria maior, o que aumentaria a exposição a acidentes, tanto em pessoal como em material. Ver tabela a seguir.
6 - Aplicações na inspeção de Equipamentos
O Alpinismo Industrial vem sendo utilizado na inspeção de equipamentos, tanto nas inspeções externas como internas, visual, sob isolamento (onde temos a corrosão silenciosa), execução de END s em geral) em todo tipo de equipamentos e estruturas: Vasos, Tanques, Esferas, Cilos, Caldeiras, Chaminé, Plataformas Marítimas, Flare, Estrutura Metálica, Torres de Alta Tensão, de Rádio, de Telefonia, Viadutos, Pontes, Prédios, Tubulações, etc (Veja figura 12).
 http://www.metalica.com.br/images/stories/artigos-tecnicos/artigo_alpinismo_raimundo/maior/art_raimundo_fig21_gde.jpg
Figura 12 - Inspeção em ambientes confinados utilizando técnicas do alpinismo Industrial.

7 - Informações Complementares
Na Europa as empresas de trabalhos verticais estão agrupadas em associações: Espanha ANETVA Grã-Bretanha IRATA, França SNETAC, Alemanha FISAT. No Brasil ainda não foi criada uma associação que agrupe as empresas que executam trabalhos verticais.
Vantagens
- Sem limite de altura de trabalho operacional.
-Diminuição do custo operacional em função do menor número de profissionais envolvidos.
- Aumento da qualidade do serviço e melhoria no ambiente de trabalho, 
- Dispensa o uso de andaimes tubulares ou suspensos. 
- Diminuição de risco, com profissionais treinados para resgate de peças, equipamentos e pessoas. 
- Maior agilidade de mobilização. Em caso de emergência a saída do local é mais segura e garantida. 
- Não necessita de estruturas pré-construídas.

Desvantagens
- Em céu aberto algumas atividades não devem ser realizadas sob chuva 
- Nenhuma atividade paralela poderá ser executada onde o acesso está sendo realizado
8 - Glossário
Ancoragem - local da estrutura que oferece sustentação para os sistemas de segurança contra quedas. É onde são aplicadas as forças no caso de uma queda, tração, suspensão ou posicionamento. 
Ascensor - dispositivo que, engatado à corda, permite deslocamento em corda fixa, içamento de cargas e auto-segurança.
Auto-resgate - conjunto de técnicas que permitem a evasão da via em uma situação de emergência.
Backup - ponto de ancoragem extra, necessário para a segurança do escalador caso um dos ascensores se solte. 
Descensor - dispositivo que permite ao escalador descer deslizando pela corda. Alguns servem também para a segurança do praticante.
Linha de vida - cabo ou corda (horizontal ou vertical) no qual o profissional é fixado através de um trava-quedas ou blocante, a fim de bloquear eventuais quedas. 
Mosquetão - anel metálico, em forma de "D" ou "O", que possui em um dos lados um segmento móvel, chamado de gatilho, que abre para permitir a passagem da corda. Há também mosquetões com trava, para evitar a abertura acidental do gatilho. 
Posicionamento - ação de posicionar-se no ponto de trabalho, fixando-se através de talabarte ou corda, para execução de atividade. 
Talabarte - dispositivo de ancoragem que envolve a estrutura, utilizado para posicionamentos. 
Tirolesa - travessia horizontal feita através de uma corda fixa ligando os pontos de partida e término da travessia suspensa do solo. 
Via - é o local previamente escolhido para o acesso com cordas.

Conclusão
O Alpinismo Industrial é uma das técnicas de acesso, que usada como ferramenta de apoio, permite melhor e mais rápido contato com as regiões a serem inspecionadas. É mais segura e mais econômica quando comparada, com andaimes, balancins, escadas com corda, e etc., além de permitir acesso a locais anteriormente impossíveis pelos métodos convencionais, considerados difíceis e onerosos. Os pontos fortes que tem levado a expansão do seu uso: segurança, redução de custo, otimização de tempo, diminuição do risco de queda devido ao menor número de pessoas e material envolvido. A técnica não elimina o uso de andaime dentro da indústria, pois poderá não ser a melhor alternativa para alguns casos na manutenção ou outra atividade. Porém, dá maior flexibilidade à execução das atividades, principalmente na inspeção, com respostas mais rápidas e menor custo.

Referências 

Catálogo da Petzl Professional 2000 / português;
NR-18 - Norma Regulamentadora -18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR-6 Norma Regulamentadora 6 Equipamentos de Proteção Individual;
NBR 11370 Norma Brasileira Registrada 11370 Cinturão, talabarte e corda de segurança;
NBR-11371 Norma Brasileira Registrada 11371 Cinturão, talabarte, e corda de segurança Ensaios.

Autor:
Raimundo de Oliveira Sampaio